domingo, 4 de dezembro de 2011
O PORTUGUES JOÃO VALÉRIO DE MEDEIROS
Algumas indagações sobre João Valério de Medeiros foram formuladas e motivou a pesquisa. Nasceu na Ilha de São Miguel em 24//6/1844. Era filho de Francisco Valério de Medeiros e Anna Joaquina de Medeiros. Em 1874 ´já residia em Mossoró, onde se estabeleceu como comerciante, tanto que uma das atas da Camara Municipal (6/7/1874) informa o seu requerimento pedindo licença para continuar com o seu estabelecimento comercial na cidade. Raimundo Nonato em “Negociantes e Mercadores” registra o seu negócio comercial como sendo uma padaria localizada “na Rua do Gurgel, no mesmo ponto onde esteve a padaria de Aristides Rebouças”. Em 1879 requereu licença para abrir um negócio de secos e molhados.
Suplente de Vereador na legislatura de 1904-1908.
Casou em Mossoró com Philomena Candida de Medeiros, filha de Silvestre de Oliveira Rebouças e Francisca Candida de Souza.
São filhos de João Valério de Medeiros e Philomena Candida de Medeiros: Maria Candida de Medeiros, Manoel Valério de Medeiros, Francisco Valério d Medeiros, Noemi Candida de Medeiros (casada com Aristides Aureliano Rebouças), Ana Joaquina de Medeiros (casada com Miguel do Nascimento), Maria Madalena de Medeiros (casada com Joaquim Marques) e João Valério de Medeiros Filho ou João Medeiros Filho como é registrado em alguns documentos da época.
Já velho e com alguns problemas de saúde, decidiu fixar residência em Melancias, no Estado do Ceará, onde faleceu em 1926.
De tudo se conclui que João Valério de Medeiros não descende de Antonio Nunes e Tereza Maria de Jesus, porém chegou a conviver com o patriarca dos Medeiros de Mossoró.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
O INVENTÁRIO DA MATRIARCA
Para alguns poderá soar muito forte, dizer que os Medeiros tiveram
uma matriarca, mas a intuição me diz que foi ela a maior força da família
nos idos do século XIX. Viúva - se é que ficou viúva mesmo, pois não há
informação do óbito do seu marido Antonio Nunes de Medeiros – Tereza
Maria de Jesus permaneceu no domínio do seu grupo familiar até 1859,
quando faleceu em idade bastante avançada.
Mãe de 10 filhos, sete deles mulheres, fato que a fazia mais forte
para lidar com os três filhos varões. E coube a um deles, Zacharias Vidal de
Medeiros, fazer as declarações dos herdeiros e dos bens por ela deixados. E
não foi por mera designação do Juiz Municipal. O filho nomeado
inventariante tinha um trato a cumprir, e o fez declarando os bens deixados
pela sua mãe: “uma caixa de madeira de cumaru, um oratório em bom uso,
dois couros de vaca, dois pares de surrão de sola, um cavalo velho alazão,
um cavalo pedrês, um cavalo cardão, um cavalo rudado (sic), um cavalo
russo novo, dois poltretes – um alazão e outro castanho, uma égua rudada
nova, uma poltrinha, dezessete vacas novas, seis novilhotas, quatro
garrotes, três bezerros, uma bezerra doente, dois novilhos grandes, dois
novilhotes, um novilhote, quatro garrotes, dois bezerros, uma cabra velha
com um cabrito, duas ovelhas, uma ovelha doente, quatrocentos e dezessete
braças de terras no Sítio Ausentes deste termo de Mossoró e uma sorte de
terras no Sitio Ausentes que sua finada mãe inventariada houvera por
herança de seu finado irmão Silélio Lopes”
Os herdeiros declarados foram assim nominados: Zacharias Vidal de
Medeiros (inventariante), Florêncio de Medeiros Cortes, José Ferreira de
Macedo, Antonia Leite de Jesus, Francisca Ferreira de Jesus casada com
Miguel Pedro de Jesus, Maria Tereza de Jesus, Gertrudes Maria de Jesus
casada com João Batista de Oliveira, Joana Batista de Macedo, Anna
Tereza de Jesus casada com Manoel de Freitas da Silva, Josefa Maria da
Conceição (falecida) representada por seus filhos João Bezerra de Jesus,
Antonio Bezerra de Jesus, Florêncio Bezerra de Medeiros, Manoel Bezerra
de Medeiros, Antonio Bezerra de Medeiros, Alexandre Bezerra de
Medeiros, Tereza Maria de Jesus casada com Miguel Estevão da Costa,
Gertrudes Maria da Conceição casada com Manoel Jose do Nascimento,
Luiza Bezerra de Jesus casa com João Pedro Lins, Maria Madalena da
Conceição casada com Antonio Nunes Pereira, Josefa Maria da Conceição
casada com Francisco Lopes Duarte, Maria Joaquina da Conceição
(falecida) representada por seus filhos João Martinho Lopes, Manoel,
Pedro, Francisco e Josefa Maria da Conceição casada com Francisco Pedro
Ferreira, Francisca Maria da Conceição (falecida) representada por seus filhos José Paulino Monteiro, Leocádio Bezerra e Antonia, Ana Maria da Conceição (falecida) representada por seus filhos Manoel, Ricardo, Francisco, Luiza, Maria, Maria das Virgens da Conceição casada com Antonio Alves de Oliveira.
FONTE: SANTOS, Sebastião Vasconcelos dos e OLIVEIRA, Nanci Neiza Wanderley de. Inventários Mossoroenses (1833-1862). Coleção Mossoroense, vol. CXXX, Mossoró, 1980.
sexta-feira, 10 de junho de 2011
ANTONIA MEDEIROS – a alegria de viver de uma mossoroense
Antonia, Toinha, Toninha, de qualquer modo que a chamarem, ela atende com a alegria de quem nunca passou um dia difícil. Mas passou, e muitos. Filha de Francisco Tibúrcio de Medeiros e Altina Bezerra de Medeiros, nasceu no dia em que Lampião entrou com o seu bando em Mossoró: 13 de junho de 1927. Enquanto a cidade fervilhava se organizando para combater o grupo de cangaceiros que tentava invadir a terra de Santa Luzia, Altina saia da sua morada no Bom Jesus, buscando lugar mais calmo no Alto de São Manoel, onde pudesse dar à luz ao filho que estava esperando. E nasceu o quinto filho e o primeiro do sexo feminino, que em homenagem ao santo do dia recebeu o nome de Antonia.
Muito cedo ficou sem o pai, que faleceu em julho de 1933, vitima do sarampo. Junto com a mãe e os seis irmãos – todos menores – sofreu as dificuldades próprias da orfandade pobre. Aos 14 anos sofreu a grande perda de sua vida: a sua mãe faleceu outubro de 1941, em decorrência das complicações de parto .
Filha mulher mais velha, passou a tomar conta da casa assumindo a responsabilidade de criar os irmãos menores, enquanto os mais velhos trabalhavam para garantir a sobrevivência de todos.
Casou em 1948 com Manoel Maia da Silva, filho de Idalino Viriato e Apia Maria da Conceição, cuja união gerou os filhos Maria da Conceição Medeiros, José Medeiros, Josiam Medeiros, Lucia Fátima Medeiros Lafitte e Sara Jany Medeiros.
As dificuldades próprias da região onde moravam e o sonho de conseguir alguma coisa, levaram a família de Antonia e Manoel a migrar em 1958 para Brasilia, naquela época o novo Eldorado para o nordestino. O sonho não floresceu e retornaram ao Rio Grande do Norte, morando inicialmente em Mossoró, depois em Natal.
As perdas somaram força a Antonia: perdeu uma filha ao nascer em Brasília em 1961. Perdeu um segundo filho- Josiam, já adulto e casado. Depois da morte do marido, a tristeza fez sombra no seu rosto, e para que não definhasse de saudade, sua filha Sara levou-a para Brasilia, onde trabalhava.
Antonia fez dos limões azedos, uma limonada. Reaprendeu a viver. No Centro de Convivencia dos Idosos aprendeu a dançar e voltou a sorrir. A alegria e o prazer de viver que ela passa, encanta e emociona o seu bisneto Gabriel, um jovem que já se prepara para o vestibular. E é motivo de orgulho para as suas filhas.
Lúcida, vaidosa, alegre, participa ativamente de um grupo de dança cigana, faz hidrorginástica, sessões de alongamento e adora “bater pernas” nos shoppings de Brasilia. Já fez até curso de culinária na juventude, mas perdeu o prazer da cozinha, substituindo-o pelo prazer de “viver o agora”. A sua alegria lhe conferiu o título de Princesa do Carnaval da Terceira Idade em 2001 no Distrito Federal. Mais recentemente, foi “top model” do calendário 2011 de pagamentos dos aposentados da Previdência Social.
Aos 84 anos, inteiramente ativa, lúcida, saudável e independente, é exemplo de vida para os filhos e os netos Glaucon, Caroline e Gabriel.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
O CASAMENTO NO CLÃ MEDEIROS DOS AUSENTES
Um olhar - mesmo sem apuro - sobre as ramificações familiares dos Medeiros em Mossoró, constituídas ainda no século XIX, permite visualizar inúmeras ocorrências de união matrimonial dentro da família, a maioria delas entre primos, observando-se aqui e ali, casamento entre sobrinha e tio e até mesmo entre cunhados
Esse elevado grau de "consangüinidade" ou "endogamia" (casamento entre parentes ou "primos") parece prima facie, fruto de uma sociedade pequena, em gestação ainda, com poucas famílias moradoras na localidade. Como as opções eram bem reduzidas devido à escassez da população, restava ao chefe de família escolher os noivos de suas filhas entre os próprios sobrinhos. E não é incabível afirmar que ali se iniciava um intricado processo de casamentos endogâmicos, baseados na manutenção da condição social e na permanência do patrimônio no mesmo grupo familiar.
No século XIX o padrão do comportamento feminino era de obediência total à autoridade paterna, com uma movimentação estrita no espaço. A mulher da zona rural limitava-se ao espaço doméstico, e quando necessário, ao território agrícola do sítio ou da fazenda pertencente ao chefe da família. Não havia, ainda, a possibilidade do trabalho fora do lar, o que reduzia as chances de ampliação de conhecimento com os rapazes, possíveis pretendentes ao casamento.
O passeio mais comum para as moças da época resumia-se à Igreja e aos folguedos promovidos pelas famílias, isso quando realizados na própria comunidade ou em localidades vizinhas que permitissem o acesso fácil.
Muitos casamentos celebrados durante o século XIX eram arranjados entre as famílias e a concretização deles dependia do consentimento paterno, cuja autoridade era legítima e incontestável. O chefe da família tinha o poder de decidir e até determinar o futuro dos filhos, sem lhes consultar as preferências, sendo que, em alguns casos, os noivos só se conheciam à distancia, ou seja, nunca tinham se comunicado ou se tocado, antes do casamento. Era a família tradicional da época: ligada por laços econômicos e não por laços de amor.
Estudos sociológicos revelam que o matrimônio era considerado na época, assunto de interesse das famílias abastadas e deixava pouco espaço para escolhas baseadas em preferências individuais, o que se observa na formação das famílias pertencente ao clã Medeiros de Mossoró. A preservação e ampliação do patrimônio presidiam os critérios para a escolha dos cônjuges. Nesse sentido, Eni de Mesquita SAMARA (1983, p. 43) acentua que “na sociedade brasileira, especialmente no século XIX, os matrimônios se realizavam num círculo limitado e estavam sujeitos a certos padrões e normas que agrupavam os indivíduos socialmente em função da origem e da posição sócio-econômica ocupada”.
A abundância de casamentos consangüíneos entre parentes até quarto grau, nas áreas rurais e urbanas, além de gerar um elevado índice de pessoas nascidas com distúrbios de saúde, foi objeto de preocupação de clérigos e governantes, levando o Papa Pio VI, a expedir em 26 de janeiro de 1790, a Bula Pontifícia conferindo poder aos Bispos do Brasil para dispensarem todos os graus de parentesco (à exceção do primeiro de consangüinidade assim em linha reta, como em linha transversal, e do primeiro de afinidade em linha reta somente). Dessa forma, foram facilitados os matrimônios que seriam impossíveis de realização enquanto aguardavam a dispensa de Roma.
O objetivo dessa dispensa era, obviamente, abreviar os processos evitando as demoras e reduzindo as despesas, além de tentar diminuir o número de relações conjugais fora do sacramento do matrimonio.
A vida dos membros da família Medeiros durante o século XIX, agrupados nos pequenos sítios da zona rural de Mossoró e vilas circunvizinhas, possibilitou com muita freqüência, a união matrimonial de membros de uma mesma família e em decorrência, ao invés de produzir um enfraquecimento das relações familiares, reforçou-as pela maior proximidade e entrelaçamento.
quarta-feira, 25 de maio de 2011
MANOEL BEZERRA DE MEDEIROS
Primeiro filho de Altina Regina Bezerra de Medeiros e Francisco Tibúrcio de Medeiros, nasceu em Mossoró no dia 9 de janeiro de 1923. Pelo lado paterno era neto de Francisco Faustino de Medeiros e Francisca Maria da Conceição e sobrinho de Antonio Lino de Medeiros (Antonio Boieiro), Vicente Faustino de Medeiros (Vicente “Queixinho”), Júlio Faustino de Medeiros, Raimundo Faustino de Medeiros (Raimundão), Antonio Tonico de Medeiros, Vicência e Luzia Maria da Conceição (“Bibi”), Antonio Faustino de Medeiros, Maria Faustino de Medeiros e Maria Isabel. Pelo lado materno era neto de Antonio José de Castro e Regina Maria Bezerra.
Na linha paterna era bisneto de José Faustino de Medeiros, trineto de Florencio Nunes de Medeiros e tetraneto de José Ferreira de Macedo Filho. Na mesma linha José Ferreira de Macedo era seu pentavô e seu sexto avô Antonio Nunes de Medeiros, o patriarca dos Medeiros em Mossoró, onde fincou raízes por volta de 1780, no Sítio Ausentes.
Irmão de Dionizio (“Didizo”), Rubens (“Rubinho”), Luiz, Antonia (“Toinha”), Maria, Franciscas das Chagas (“Chaguinha”) e Vicente, este último do segundo casamento de sua mãe .
Na infancia era conhecido na vizinhança como “Manoel de Altina”. Entre os irmãos era chamado pelo carinhoso apelido de “Teté”.
Não teve nenhuma instrução formal. A vida foi a sua mestra e o mundo a sua faculdade. O fato de ter perdido o pai ainda criança, aos dez anos de idade, não lhe permitiu frequentar a escola. Precisava ajudar a mãe no trabalho da roça para alimentar os irmãos, todos menores que ele. Em casa tudo era contado e medido para que todos tivessem um pouco de comida. A roupa era de menor importancia: bastava um chinelo, uma calça e uma camisa. À noite a mãe lavava e passava a ferro logo ao amanhecer para que todos estivessem limpos durante o dia. Se chovesse, o cheiro de suor e sujo ficava insuportável, mas a vida ia sendo tocada como Deus permitia.
As dificuldades que passou ainda pequeno, ao lado da mãe e dos irmãos, forjaram o seu carater. Perdeu o pai no dia 8 de julho de 1933, que faleceu vitimado pelas complicações do sarampo. Após a morte da sua mãe em outubro de 1941, Manoel ainda morou algum tempo com o padrasto Chico Epifanio, porém, com o novo casamento deste com a sua tia Luzia, passou a residir e trabalhar com Manoel Elias, um proprietário de terras na localidade de Passagem do Rio.
Casou-se em Mossoró em 1948, com Maria da Conceição Dantas da Silva, filha de Francisco de Assis da Silva e Francisca Lopes da Silva (conhecida como Bilica), cujo óbito ocorreu em 14 de junho de 1984, em Mossoró, em decorrencia de problemas pulmonares.
Durante muitos anos Manoel teve como trabalho, a comercialização de óleos para uso cosmético, profissão que o tornou uma figura popular, conhecida em toda a cidade como “Manoel do óleo”. Com uma caixa na mão e um chocalho na outra, ele percorria a cidade inteira oferecendo o produto que ele próprio fabricava. “Olha o óleo perfumado!” Ele não sabia nada de marketing nem atinava para a modernidade na manipulação dos óleos essenciais que usava para produzir outros óleos. O seu produto dependia exclusivamente do olfato: se o produto cheirasse, era vendável. Fabricava em casa o óleo de coco, a brilhantina que hoje se chama gel, e outros tipos de oleo utilizados para o uso doméstico. Assim foi durante anos. Era conhecido pela pessoas simples do Alto São Manoel, dos Pintos, da Baixinha, do Rabo da Gata, da Pelonha. Por onde ele passava, se ouvia o seu grito marqueteiro: olha o óleo perfumado!
Foi dessa forma que criou todos os filhos, ajudado por sua disposta e valorosa companheira Conceição, que para complementar a renda familiar, fazia trabalhos de lavagem de roupa para famílias mais abastadas. E essa parceria com sua mulher, lhe conferia coragem para atravessar a cidade, diariamente, tentando vender os seus produtos, e trazer um pouco de alimento para casa.
Ao aposentar-se pelo INSS e já viúvo, passou a residir no bairro Carnaubal, em companhia de sua filha Dalvanete, que dele cuidou, diuturnamente, com carinho e zelo até a data de sua morte, ocorrida em 05 de maio de 2009.
De natureza tímida e muito reservado, era de pouca conversa. Antes de emitir alguma opinião, ponderava bastante. Nessas ocasiões costumava passar a mão na cabeça, alisando os cabelos. Era naturalmente cordial, amigo de todos, fala amável, pele áspera queimada de sol. Não reclamava da vida, mas nos últimos anos de sua velhice, sentia falta da presença mais frequente dos outros filhos e, sobretudo, da convivência com os netos mais distantes, alguns dos quais nem chegou a conhecer. Dos bisnetos, só conheceu alguns. Todavia, saboreou o afeto e a generosidade de um neto amoroso – Elielson, que lhe fazia companhia ao pé da rede, lhe ajudava na higiene diária e na troca da roupa. Esse carinho cuidadoso Manoel recebeu até o último momento de sua vida simples e pobre, porém feliz.
segunda-feira, 7 de março de 2011
RELAÇÕES DE PARENTESCO
Comentando as descobertas genealógicas com alguns parentes, vez por outra sou questionada sobre o grau de parentesco do interlocutor com determinada pessoa localizada nas pesquisas.
Parentesco é a relação que une duas ou mais pessoas por vínculos de sangue (descendência/ascendência) ou sociais (sobretudo pelo casamento).Refere-se, pois, aos vínculos entre membros de uma família. Estes vínculos se organizam em linhas e são medidos em graus, que constituem o meio adequado para determinar a proximidade ou distancia nas relações de parentesco
Há três tipos de linhas de parentesco: a linha reta, a linha colateral e linha afim.
A linha reta envolve a procedência de umas pessoas das outras, ou que as pessoas descendem umas das outras. Neste sentido o art. 1.591 do Código Civil: "São parentes em linha reta as pessoas que estão umas para com as outras na relação de ascendentes e descendentes." Esta linha pode ser descendente (filho, neto, bisneto, trineto, tetraneto) e ascendente (pai, avô, bisavô, trisavô, tetravô). A contagem dos graus na linha reta faz-se pelo número de gerações. O parentesco na linha reta não tem limite de graus, não se restringe a algumas gerações. Os limites são os impostos pela natureza, pois raramente o trisavô e seu trineto chegam a ser contemporâneos.
Parentesco na linha colateral, transversal ou oblíqua é o que vincula pessoas que não descendem uma das outras, mas têm um tronco ancestral comum. A contagem de graus, nesta linha, também se faz pelo número de gerações, partindo de um dos parentes e subindo até alcançar o ascendente comum, descendo, em seguida, pela outra linha, até encontrar o outro parente considerado. Não há colaterais de primeiro grau. Os colaterais de 2º grau - os mais próximos parentes desta linha - são os irmãos; de 3º grau os tios e sobrinhos; de 4º grau os primos, os tios-avós e os sobrinhos-netos.
Parentesco por afinidade é a ligação jurídica existente entre pessoa casada ou que vive em união estável com os ascendentes, os descendentes ou irmãos de seu cônjuge ou companheiro. Afinidade é o vínculo que alia cada cônjuge ou companheiro aos parentes do outro. O 'parentesco' por afinidade - assim diz o artigo 1.595, parágrafo 1º, do Código Civil - limita-se aos ascendentes, aos descendentes e aos irmãos do cônjuge ou companheiro. Afins, por exemplo, são o sogro, a sogra, o genro, a nora, o padrasto, a madrasta, a enteada, o enteado, os cunhados.
Para melhor entender o parentesco em linha reta, uma tabela simples :
• 1º avô = avô
• 2º avô = bisavô
• 3º avô = trisavô ou tataravô
• 4º avô = tetravô ou quarto-avô
• 5º avô = pentavô ou quinto-avô
• 6 ºavô = hexavô ou sexto-avô...
• 7 ºavô = septavô
• 8º avô = octavô
• 9º avô = nonavô
• 10º avô = decavô
• 11º avô = undecavô
• 12º avô = dodecavô
• 13º avô = tridecavô
• 14º avô = tetradecavô
Parentesco é a relação que une duas ou mais pessoas por vínculos de sangue (descendência/ascendência) ou sociais (sobretudo pelo casamento).Refere-se, pois, aos vínculos entre membros de uma família. Estes vínculos se organizam em linhas e são medidos em graus, que constituem o meio adequado para determinar a proximidade ou distancia nas relações de parentesco
Há três tipos de linhas de parentesco: a linha reta, a linha colateral e linha afim.
A linha reta envolve a procedência de umas pessoas das outras, ou que as pessoas descendem umas das outras. Neste sentido o art. 1.591 do Código Civil: "São parentes em linha reta as pessoas que estão umas para com as outras na relação de ascendentes e descendentes." Esta linha pode ser descendente (filho, neto, bisneto, trineto, tetraneto) e ascendente (pai, avô, bisavô, trisavô, tetravô). A contagem dos graus na linha reta faz-se pelo número de gerações. O parentesco na linha reta não tem limite de graus, não se restringe a algumas gerações. Os limites são os impostos pela natureza, pois raramente o trisavô e seu trineto chegam a ser contemporâneos.
Parentesco na linha colateral, transversal ou oblíqua é o que vincula pessoas que não descendem uma das outras, mas têm um tronco ancestral comum. A contagem de graus, nesta linha, também se faz pelo número de gerações, partindo de um dos parentes e subindo até alcançar o ascendente comum, descendo, em seguida, pela outra linha, até encontrar o outro parente considerado. Não há colaterais de primeiro grau. Os colaterais de 2º grau - os mais próximos parentes desta linha - são os irmãos; de 3º grau os tios e sobrinhos; de 4º grau os primos, os tios-avós e os sobrinhos-netos.
Parentesco por afinidade é a ligação jurídica existente entre pessoa casada ou que vive em união estável com os ascendentes, os descendentes ou irmãos de seu cônjuge ou companheiro. Afinidade é o vínculo que alia cada cônjuge ou companheiro aos parentes do outro. O 'parentesco' por afinidade - assim diz o artigo 1.595, parágrafo 1º, do Código Civil - limita-se aos ascendentes, aos descendentes e aos irmãos do cônjuge ou companheiro. Afins, por exemplo, são o sogro, a sogra, o genro, a nora, o padrasto, a madrasta, a enteada, o enteado, os cunhados.
Para melhor entender o parentesco em linha reta, uma tabela simples :
• 1º avô = avô
• 2º avô = bisavô
• 3º avô = trisavô ou tataravô
• 4º avô = tetravô ou quarto-avô
• 5º avô = pentavô ou quinto-avô
• 6 ºavô = hexavô ou sexto-avô...
• 7 ºavô = septavô
• 8º avô = octavô
• 9º avô = nonavô
• 10º avô = decavô
• 11º avô = undecavô
• 12º avô = dodecavô
• 13º avô = tridecavô
• 14º avô = tetradecavô
Marcadores:
parente em linha reta,
parentesco,
parentesco colateral.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
JOSÉ FAUSTINO DE MEDEIROS
Filho de Florêncio Nunes de Medeiros e Maria do Ó da Conceição, nasceu em Mossoró-RN em 1850 e faleceu em 1928. Casou com Francisca Maria da Conceição ou Francisca Maria de Medeiros (nascida em 1852 e falecida em 1920). Ao falecer deixou como herança “91 braças de terra no lugar Santana”. Casou duas vezes. São filhos do primeiro matrimonio:
F1 - Vicente Faustino de Medeiros (1894 -?) que casou 1919 com Luzia Maria de Medeiros (1898 -?) filha de Antonio Geraldo de Medeiros e Maria Luzia de Medeiros. Enviuvando, casou com Josefa Maria de Medeiros (conhecida de todos como “Finha”). Viveu muito tempo na localidade Passagem do Rio.
F2 - Florêncio Faustino de Medeiros (1865-1944) que casou em 1890, com Ubaldina Maria de Medeiros ou Ubaldina Serva da Paixão (1874 -?) filha de Martinho Lopes de Oliveira e Francisca Maria de Jesus. Depois de viúvo, casou-se com Tereza, do Camurupim.
F3 - José Faustino Filho faleceu solteiro e sem filhos.
F4 - Francisco Faustino de Medeiros nascido em 1876 e falecido em 1949; casou em 1900 com Francisca Martinha da Conceição (ou Francisca Martins de Medeiros ou Francisca Maria da Conceição), chamada pelos netos de "mãe véia", nascida em 1877.
Do segundo casamento de José Faustino de Medeiros ficaram os filhos:
F5 – Antonio Faustino de Medeiros casado com Conceição, filha de Antonio Gomes.
F6 – Maria Faustino de Medeiros casada com Antonio Matias
F7 – Maria Isabel(?) casada com Antonio Geraldo de Medeiros
Filho de Florêncio Nunes de Medeiros e Maria do Ó da Conceição, nasceu em Mossoró-RN em 1850 e faleceu em 1928. Casou com Francisca Maria da Conceição ou Francisca Maria de Medeiros (nascida em 1852 e falecida em 1920). Ao falecer deixou como herança “91 braças de terra no lugar Santana”. Casou duas vezes. São filhos do primeiro matrimonio:
F1 - Vicente Faustino de Medeiros (1894 -?) que casou 1919 com Luzia Maria de Medeiros (1898 -?) filha de Antonio Geraldo de Medeiros e Maria Luzia de Medeiros. Enviuvando, casou com Josefa Maria de Medeiros (conhecida de todos como “Finha”). Viveu muito tempo na localidade Passagem do Rio.
F2 - Florêncio Faustino de Medeiros (1865-1944) que casou em 1890, com Ubaldina Maria de Medeiros ou Ubaldina Serva da Paixão (1874 -?) filha de Martinho Lopes de Oliveira e Francisca Maria de Jesus. Depois de viúvo, casou-se com Tereza, do Camurupim.
F3 - José Faustino Filho faleceu solteiro e sem filhos.
F4 - Francisco Faustino de Medeiros nascido em 1876 e falecido em 1949; casou em 1900 com Francisca Martinha da Conceição (ou Francisca Martins de Medeiros ou Francisca Maria da Conceição), chamada pelos netos de "mãe véia", nascida em 1877.
Do segundo casamento de José Faustino de Medeiros ficaram os filhos:
F5 – Antonio Faustino de Medeiros casado com Conceição, filha de Antonio Gomes.
F6 – Maria Faustino de Medeiros casada com Antonio Matias
F7 – Maria Isabel(?) casada com Antonio Geraldo de Medeiros
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