quarta-feira, 24 de julho de 2013

ANTONIO GERALDO DE MEDEIROS E SEU FILHO JOSE ANTONIO DE MEDEIROS.

Antonio Geraldo de Medeiros nasceu em 1848 e era filho de Florêncio Nunes de Medeiros (também identificado em alguns documentos como Florêncio Ferreira de Medeiros ou Florêncio Nunes de Macedo) e Maria do Ó da Conceição. Neto pelo lado paterno, de José Ferreira de Macedo Filho e Maria Inácia de Medeiros, e pelo lado materno, de Antonio Gomes da Mota e Aldonça Maria da Conceição. Bisneto pelo lado paterno, de José Ferreira de Macedo e Francisca Lopes Ferreira reconhecida em vários documentos como Francisca Lopes de Macedo ou Francisca Maria de Jesus. Trineto por parte do pai, de Antonio Nunes de Medeiros e Tereza Maria de Jesus, casal que se fixou no sítio Ausentes por volta de 1780 e ali iniciou o clã dos Medeiros que hoje povoa Mossoró e adjacências. Antonio Geraldo casou-se em 1874 com Josefa Maria de Medeiros, também reconhecida como Josefa Maria Bezerra ou Josefa Maria da Conceição nascida em 1853, ela filha de Eufrásio Bezerra e Maria Bezerra de Medeiros. São seus filhos: 1. José Antonio de Medeiros; 2. Antonio Geraldo de Medeiros Filho; 3. Francisco Antonio de Medeiros 4. José Geraldo de Medeiros; 5. Florêncio Antonio de Medeiros. 1. JOSÉ ANTONIO DE MEDEIROS também identificado como José Geraldo de Medeiros. Nasceu no Sítio Santana de Upanema em 1870 e casou-se em 09/09/1894 com Luzia Francisca de Medeiros nascida na mesma localidade em 1876, ela filha de Antonio Faustino da Mota e Josefa Maria da Conceição. Residiu grande parte de sua vida em Upanema onde nasceram os filhos: 1. Maria Honorata de Medeiros; 2. Josefa Francisca de Medeiros; 3. Maria Luzia de Medeiros; 4. Luiz José de Medeiros; 5. Maximino Gregório de Medeiros; 6. Vicente Geraldo de Medeiros; 7. Ildefonso Jose de Medeiros; 8. Manoel José de Medeiros; 9. João José de Medeiros; 10. Francisca Luzia de Medeiros; 11. Francisco José de Medeiros; 12. Julia Luzia de Medeiros; 13. Pedro Geraldo de Medeiros; 14. José Feliciano de Medeiros; 15. Dionísio José de Medeiros. 1.1 - Maria Honorata de Medeiros nasceu em 22/12/1896; 1.2 - Josefa Francisca de Medeiros nasceu em 1897; 1.3 - Maria Luzia de Medeiros nasceu em 1898; 1.4 - Luiz José de Medeiros também identificado como Luiz Geraldo de Medeiros nasceu em 01/12/1899 e faleceu em 23/06/1952. Casou-se com Maria Gomes dos Santos, com quem teve os filhos: 1. Terezinha de Medeiros Ayres; 2.Gerson Gomes de Medeiros; 3.Emídia Gomes de Medeiros e 4.Geraldo Gomes de Medeiros. 1.4.1 - Terezinha de Medeiros Ayres casou-se com Rui Aires. Seus filhos: Rui; Vera Tereza; Vera Ruth; Ruderico e Tertuliano. 1.4.1.1 - Rui Ayres Filho 1.4.1.2 - Vera Tereza de Medeiros Ayres 1.4.1.3 - Vera Ruth de Medeiros Ayres 1.4.1.4 - Ruderico de Medeiros Ayres 1.4.1.5 - Tertuliano Ayres de Medeiros Neto 1.4.2 - Gerson Gomes de Medeiros casou-se com Francisca. Seus filhos: 1. Nonato Gomes de Medeiros; 2. Gerson. 1.4.3 - Emídia Gomes de Medeiros. Seus filhos: 1. Otoniel Gomes de Souza; 2. Carlos Alberto Medeiros. 1.4.4 - Geraldo Gomes de Medeiros casou-se com Maria Valdívia Gomes de Medeiros. Seus filhos: 1. Gilnei Gomes de Medeiros; 2. Ilze Gomes de Medeiros e 3. Gilson Gomes de Medeiros. 1.1.5 - Maximino Gregório de Medeiros nasceu em 28/11/1900 1.1.6 - Vicente Geraldo de Medeiros também identificado como Vicente Marques de Medeiros nasceu em 06/01/1902 e casou-se com Francisca Luzia de Medeiros nascida em 16/10/1910, ela filha de Vicente Faustino de Medeiros e Luzia Maria de Medeiros. Informações sem nenhuma comprovação, indicam que o casal teve duas filhas, sem outros detalhes mais esclarecedores: Maria e Miza. 1.1.7 - Ildefonso Jose de Medeiros também identificado como Ildefonso Geraldo de Medeiros nasceu em 04/01/1903 na localidade Upanema e casou-se com Luiza Luzia de Medeiros nascida em 14/07/1912, ela filha de Vicente Faustino de Medeiros e Luzia Maria de Medeiros. 1.1.8 - Manoel José de Medeiros nasceu em 27/03/1904. 1.1.9 - João José de Medeiros nasceu em 27/05/1905 e casou-se com Maria Monica Martins de Medeiros. Seus filhos: 1. Francisco Martins de Medeiros; 2. Luiz Martins de Medeiros; 3. Geraldo Martins de Medeiros; 4. Raimundo Martins de Medeiros; 5. Francisca das Chagas Martins de Medeiros e 6. Lucimar Martins de Medeiros. 1.10 - Francisca Luzia de Medeiros nasceu em 03/03/1907 1.11 - Francisco José de Medeiros nasceu em 30/06/1908 casou-se com Virgilia Medeiros. Seus filhos: 1. Roseni Medeiros; 2. Renise Medeiros. 3. Nemis Medeiros; 4. Diniz Medeiros; 5. Duodécimo Medeiros; 6. Jose Geraldo Neto; 7. Aparecida e 8. Maria. 1.12 - Julia Luzia de Medeiros nasceu em 19/09/1909 e casou-se com Manoel Cizilio de Oliveira ele filho de Cizilio Lopes de Oliveira e Raimunda Lopes de Oliveira. O casal teve os filhos: 1. Maria Julia de Medeiros; 2. Elita de Oliveira Leite; 3. Enita Julia de Oliveira; 4. Luzia de Oliveira Leite; 5. Francisco Tertuliano de Oliveira; 6. Geraldo Américo de Oliveira; 7. Maurina Julia de Oliveira; 8. Cizílio Lopes Neto e 9. Pedro Paulo de Oliveira.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

A JANELA DE ALTINA REGINA BEZERRA

De pele muito clara, estatura um pouco baixa, cabelos escuros e anelados à altura dos ombros, rosto redondo, corpo cheio com formas bem definidas e sorriso tímido e ingênuo: foi o que encantou e apaixonou o jovem Ticão. Assim era Altina Regina Bezerra que nasceu em Mossoró no ano de 1902, filha de Antonio José de Castro e Regina Maria Bezerra, como consta do seu assento de casamento. As informações colhidas sobre sua origem são imprecisas. Alguns afirmam que os pais eram de Mossoró e foram embora para o Estado do Pará. Outros dizem que ficou órfã muito cedo e foi criada por umas moças solteironas, da família Alves, que cuidavam da Igreja de Santa Luzia e moravam no centro da cidade. A lembrança de um dos filhos de Altina registra apenas os apelidos das beatas: Tita, Lola, Leopoldina, Delva que eram irmãs de uma figura muito conhecida na cidade: Zé Bilau. A Tita, segundo informação colhida em livro de Raimundo Nonato, chamava-se Francisca Alves, era professora e ensinava em casa. Ainda menina, Altina foi morar no sítio Santana em casa de Vicente Faustino de Medeiros, tio de Francisco Tibúrcio de Medeiros que viria a ser seu marido e pai dos seus filhos. Ali em meio ao trabalho doméstico, observando da janela o pequeno mundo do Sítio Santana, Altina viu o moço Francisco Tibúrcio de Medeiros (Tico Faustino para os mais próximos) com quem iniciou uma amizade seguida de namoro que resultou em casamento "fugido". Numa época em que o consentimento dos mais velhos era importante para abençoar as uniões, o namoro com Altina não recebeu a necessária aprovação dos familiares de “Tico”, provavelmente por ser uma moça muito pobre e sem pais, que vivia de favor na casa de terceiros e, talvez, por acalentarem outra expectativa para o jovem filho, com um casamento mais vantajoso para o grupo familiar. Por outro lado, havia a possibilidade de Altina ter um casamento arranjado com um homem da comunidade bem mais velho, talvez viúvo, deixando de ser um fardo para os que a acolheram. Assim, o namoro não aprovado encorajou o rapto de Altina pelo seu apaixonado pretendente. O rapto da moça pelo seu pretendente era fato comum naquela época, quando o namoro não era aprovado pelos pais. O rapto era consentido pela moça, sob promessa de casamento feita pelo seu raptor. Os costumes de então, determinavam que o raptor não poderia ter relações mais íntimas com a moça raptada, devendo “depositá-la” em casa de uma pessoa de responsabilidade, na localidade mais próxima da sua residência. Conta a sua filha Antonia que ouviu a mãe relatar que Francisco Tiburcio um dia lhe perguntou se queria casar com ele e ela, reconhecendo que na condição de órfã, vivendo de favor na casa de parentes, só teria um lugar efetivamente seu, se casasse, não pensou duas vezes: aceitou a proposta e o convite para fugir, sob promessa de casamento. No dia acertado, Tico Faustino veio busca-la trazendo duas testemunhas e os cavalos para que pudessem chegar à Igreja em Mossoró. Segundo relato de José Vicente de Medeiros, filho de Vicente Faustino de Medeiros em cuja casa morava Altina, “no dia aprazado para a fuga, Tico encostou o cavalo no tronco de um juazeiro que havia ao pé da cerca que circundava um terreno na localidade de Curral de Baixo. Ali junto com as testemunhas, esperou que Altina se aproximasse, para que pudessem se dirigir a Mossoró. O jovem Tico conduzia o cavalo e ela montada na garupa, de banda, a cabeça amarrada com um lenço, ambos com o propósito de ficarem juntos e serem felizes”.Altina mandou avisar o fato à família que lhe abrigava, e no dia seguinte, sem festas e somente com duas testemunhas, foi realizado o casamento, situação que foi facilitada pela intervenção do Juiz de Paz da cidade. A cerimônia foi celebrada no dia 4 de março de 1922, na Matriz de Santa Luzia, sem festas e sem convidados. À época ela contava 19 anos e o noivo tinha 23 anos. O ato religioso foi oficiado pelo Padre Elesbão Gurgel e testemunhado por Vicente Faustino Sobrinho e Vicente Geraldo, ambos residentes no Sítio Santana onde residiam os noivos e seus familiares. A sua vida familiar de Altina e Tico era muito simples e pobre: os afazeres domésticos, a criação dos filhos, a atenção ao marido e alguns serviços de costura, pois ela confeccionava a roupa dos filhos e ainda conseguia ganhar alguns trocados fazendo pequenos serviços de remontes e costura para a vizinhança. Talvez por ter contrariado os interesses da família do marido, não teve nenhuma ajuda nas dificuldades que passou para garantir a sobrevivência dos sete filhos. Ficou viúva no dia 8 de julho de 1933, aos 31 anos de idade e com sete filhos todos menores. Na época moravam numa casa no bairro Boa Vista, em Mossoró, próximo ao Matadouro Público. O marido veio a falecer em decorrência de complicações de sarampo, no Hospital de Caridade de Mossoró. Com os filhos todos pequenos e sem a força do marido, Altina enfrentou muitas dificuldades. Casou-se em segundas núpcias com o viúvo Francisco Epifanio de Melo (1899 – 1961), conhecido como "Chico Epifanio", filho de Manoel Epifanio de Melo e Delmira Maria da Conceição. Chico Epifanio foi casado, anteriormente, com Maria Luiza da Conceição e trouxe para a responsabilidde de Altina, dois filhos do casamento anterior: Raimundo Epifanio de Souza e José Epifanio. Da união matrimonial de Altina com Chico Epifanio, nasceu Vicente Epifanio em 1935. Três anos após, Altina teve uma outra gravidez que resultou num parto muito complicado, tendo o filho nascido morto. Após o fato, a família mudou-se para o Bom Jesus, onde Altina engravidou, novamente, no inicio de 1941, com parto ocorrido em outubro do mesmo ano e nascimento de Ieda. A saúde já debilitada e as complicações do parto – provavelmente eclampsia – levaram Altina a óbito e a pequena criança, também com saúde frágil, mesmo sob os cuidados de José da Rocha e sua mulher Laurinha, ele sobrinho de Chico Epifanio, não sobreviveu por muito tempo, falecendo aos seis meses de vida. Se o casamento com Tico Faustino transcorreu feliz dentro da grande pobreza da família, o mesmo não ocorreu com Chico Epifanio, de quem chegou a se separar mais de uma vez. Faleceu na manhã do dia 28 de outubro de 1941, aos 39 anos de idade, em sua residência localizada na estrada que liga Mossoró ao Sítio Bom Jesus onde morava com o segundo marido, Francisco Epifânio. Na véspera havia dado à luz uma menina, e em decorrência do parto veio a falecer. Os vizinhos mais próximos na localidade – Cidinho casado com Liquinha e Armando casado com Adélia, estiveram presentes na última hora de Altina. O seu óbito foi declarado por Armando Leite de Souza, um vizinho do Sítio Bom Jesus, e lavrado sob nº 7989, no Livro C-11, fls. 160 v e 161, no 1º Cartório de Mossoró. Ao falecer deixou nove filhos, dos quais apenas o mais velho tinha 18 anos, sendo os demais menores: Manoel, Luiz, Dionísio (18), Rubens (17), Antonia (13), Maria (11), Francisca das Chagas (8), Vicente (6) e Ieda (um dia). Foi sepultada no Cemitério de São Sebastião, em Mossoró, no dia seguinte ao do falecimento.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

RUBENS BEZERRA FAUSTINO

Nasceu em Mossoró, no dia 16 de janeiro de 1925, embora conste em outros documentos, que nasceu no dia 26 de dezembro de 1925. Filho de Francisco Tibúrcio de Medeiros (1898 – 1933), identificado em vários documentos como Francisco Faustino Tiburcio e Altina Regina Bezerra de Medeiros (1902- 1941), era neto pelo lado paterno de Francisco Faustino de Medeiros e Francisca Maria da Conceição e pelo materno de Antonio José de Castro e Regina Maria Bezerra. Eram sues bisavós pelo lado paterno: José Faustino de Medeiros e Francisca Maria da Conceição. Filho de pais pobres, muito cedo começou a trabalhar para ajudar a mãe, pois seu pai faleceu no dia 8 de julho de 1933, quando Rubens tinha apenas oito anos de idade. Eram oito irmãos, sendo três mulheres e cinco homens: Manoel (Teté), Dionísio (Didizo), Luiz, Rubens, Antonia (Toinha), Maria e Francisca das Chagas (Chaguinha) Com o segundo casamento da sua mãe, aumentou a família com o nascimento de Vicente, porém a situação não melhorou muito, pois o seu novo companheiro e marido Francisco Epifanio não se entendia bem com os enteados. Aos 16 anos sofreu nova perda, a mais sofrida talvez: a sua mãe faleceu na manhã do dia 28 de outubro de 1941, um dia após dar à luz uma menina, havendo indícios de que faleceu em decorrência do parto. O fato ocorreu no Sítio Bom Jesus onde morava a família. Com o falecimento da mãe, os filhos foram espalhados entre os tios, pois a maior parte era ainda criança. Enquanto as irmãs Maria e Francisca (Chaguinha) ficaram com o tio Antonio Faustino (Antonio Boieiro) no Sítio Santana, Antonia (Toinha) passou a morar com Maria Salvina, no Alto São Manoel, em Mossoró, para continuar estudando. Rubens já taludo, ficou morando numa casa de Manoel de Adelino, lá mesmo no Sítio Bom Jesus. Algum tempo depois veio a saber que as duas irmãs que moravam no Sítio Santana com os tios, não estavam sendo bem cuidadas, havendo uma grande rejeição por parte da mulher do tio, chamada Luiza. Decidido, viajou àquela localidade e retirou as irmãs Maria e Chaguinha do local, trazendo-as para a companhia de Toinha, que morava em companhia de sua madrinha Cristina, enteada de Maria Salvina que por sua vez, era grande amiga de sua mãe. Rubens permaneceu morando na casa de Manoel de Adelino até 1947, mas trabalhava e ajudava no sustento das três irmãs. Nos finais de semana, após receber o que lhe era devido pelo trabalho, se dirigia à casa onde moravam as irmãs para entregar parte do dinheiro, destinado ao pagamento das despesas com gêneros alimentícios que eram feitas na "bodega" de Pedro Fernandes. Alto, louro, cabelo bem penteado, a roupa branca muito bem passada, valeram-lhe o apelido de "Dr. Raul", dado pelos irmãos, numa alusão ao Dr. Raul Alencar, um médico que clinicava em Martins e cuja elegância impecável era objeto da admiração das pessoas. As lembranças do seu irmão Vicente remetem à mocidade de Rubens, quando ele tentava namorar com uma jovem muito bonita, de nome Auta, filha de Epifanio. Numa das investidas, marcou encontro com a moça e ao se dirigir ao local, todo arrumado e perfumado, distraído em seus pensamentos, provavelmente arquitetando as palavras que diria na conversa, pisou numa poça de água a caminho do Bom Jesus e molhou-se todo, fazendo-o desistir da viagem. Ao completar 18 anos, se alistou para a prestação do serviço militar obrigatório. Corria o ano de 1948. Serviu o Exército no antigo 16º Regimento de Infantaria, na Av. Hermes da Fonseca, em Natal. Completado o tempo de serviço militar obrigatório, se determinou a conseguir um trabalho em Natal, porém recebeu um telegrama solicitando viajar a Mossoró, para assumir uma vaga na fábrica de óleos de "Quincas Duarte", conseguida através de Manoel Maia (Manú), noivo de sua irmã Toinha, que já trabalhava naquela empresa. Rubens trabalhou na Industria e Comércio de Óleos como foguista. Posteriormente, aprendeu o ofício de pedreiro, e passou a trabalhar na Transbrasilia Industrial e Mercantil S/A. Mais tarde, trabalhou para Raimundo Nonato Luz e Jaime Hipólito Dantas. Também prestou serviços como zelador para o médico oftalmologista João Carrilho de Oliveira, fazendo-o em diversos períodos. Em 1975 foi contratado para trabalhar na fábrica de sabão L. Fernandes & Cia Ltda, dali saindo para a Tipografia Expressa Ltda. Também executou serviços de pedreiro para José Ferreira dos Santos e Francisco Adalberto Pessoa de Carvalho, vindo a aposentar-se pelo INSS no ano de 1985. Casou-se em 1952 na Igreja do Coração de Jesus, com Luzia Maria Bezerra, nascida em 12 de setembro de 1930, filha de Cícero Cambraia da Silva (1903 - ?) e Júlia Maria da Conceição (1918 - ?). O casamento foi oficializado, civilmente, no dia 4 de agosto de 1965. Durante a maior parte de sua vida adulta, residiu no Alto de São Manoel, nas proximidades do mesmo santo, onde nasceram os filhos. Faleceu aos 76 anos em Mossoró, no dia 8 de novembro de 2001, sendo sepultado no Cemitério São João Batista da mesma cidade. Do matrimonio com Luzia nasceram 11 (onze) filhos, dos quais sobreviveram apenas quatro: F1. Maria de Fátima Bezerra Fonseca nascida em Mossoró, no dia 22/08/1955 e falecida em 11/11/2007, casada com Josué Firmino da Fonseca, nascido em Carnaubais, residentes em Extremoz, com quem teve os filhos: Delmário Bezerra da Fonseca, Franklin Raniele da Fonseca e Tiago Bezerra da Fonseca. F2 – Almir Bezerra nascido em Mossoró, no dia 10/07/1956,solteiro e sem filhos. F3 – Maria do Socorro Bezerra Venâncio nascida em Mossoró, no dia 31 de janeiro de 1958, casada, solteira, com uma filha:Larissa Júlia Bezerra. F4 – Vera Lúcia Bezerra nascida em Mossoró, no dia 23/06/1960, casada com Jose Antonio de lima Paulino, sem filhos.

terça-feira, 1 de maio de 2012

PRESENTE

Falar dos antepassados, da experiencia de vasculhar documentos antigos, histórias de ontem, sempre traz uma surpresa boa e desta feita, o presente dado por Maria Luiza - Maisa em forma de citação, bem apropriada para o momento. “A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa. Quando o visitante sentou na areia da praia e disse: ‘Não há mais o que ver’, saiba que não era assim. O fim de uma viagem é apenas o começo de outra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na primavera... o que se vira no verão, ver de dia o que se viu de noite, com o sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para repetir e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre.” José Saramago

O CHF NA PESQUISA GENEALOGICA

Há que se reconhecer que o familysearch é a maior referencia gratuita em recursos e tutoriais para pesquisa de sobrenomes on-line. O site dispõe de um volume imenso de informações, crescendo diariamente, alimentado por por usuários e especialistas. Ali estão armazenados milhões de nomes de indivíduos, linhagens e várias ocorrencias tais como nascimento, batismo, casamento, óbito, sepultamento, local onde o fato ocorreu, data da ocorrencia. Todas essas informações do site constituem uma iniciativa dos Centros de História da Família da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias ( Mórmon), espalhados por todos os continentes, que se dedicam a microfilmar os registros civis e religiososde pessoas, famílias e sociedades genealógicas. É importante que se ressalte que a Igreja possui a maior biblioteca genealógica do mundo, a Biblioteca da História da Família em Salt Lake City, Utah, que está aberta ao público em geral, seja membro ou não da Igreja, que oferece acesso a milhões de volumes de registros de nascimento, casamento, morte e outros, com todos esses serviços oferecidos de forma gratuita. A pesquisa pode ser feita através do site de buscas da Igreja (familysearch) ou nas sedes de CHF´s consultando os microfilmes. O primeiro CHF foi instalado há mais de 115 anos em Utah, no Estados Unidos. No Brasil só foi criado na década de 70 e hoje são mais de 4.500 Centros abertos para ajudar aqueles que buscam conhecer a propria história, seus antepessados e construir a sua arvore genealogica. Para o genealogista são inevitáveis as visitas aos CHF´s, que disponibilizam e conservam documentos que ajudam a reconstruir a história de pessoas e seus antepassados, em qualquer lugar do mundo.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

"Há grandes lapsos de memória, Grandes paralelas perdidas, E muita lenda e muita história, E muitas vidas, muitas vidas". Fernando Pessoa

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

MARIA BEZERRA - UMA GUERREIRA

Filha de Francisco Tibúrcio de Medeiros (1898 – 1933) e Altina Regina Bezerra de Medeiros (1902 – 1941) e irmã de Manoel (“Teté”), Dionizio (“Didizo”), Rubens (“Rubinho”), Luiz, Antonia (“Toinha”), Franciscas das Chagas (“Chaguinha”) e Vicente, este último do segundo casamento de sua mãe . Sobrinha de Antonio Lino de Medeiros (Antonio Boieiro), Vicente Faustino de Medeiros (Vicente “Queixinho”), Júlio Faustino de Medeiros, Raimundo Faustino de Medeiros (Raimundão), Antonio Tonico de Medeiros, Vicência e Luzia Maria da Conceição (“Bibi”), Antonio Faustino de Medeiros, Maria Faustino de Medeiros e Maria Isabel. Neta pelo lado paterno, de Francisco Faustino de Medeiros e Francisca Maria da Conceição e pelo materno, de Antonio José de Castro e Regina Maria Bezerra, todos nascidos e moradores na cidade de Mossoró, Maria Bezerra da Silva nasceu em Martins-RN, no dia 31 de janeiro de 1931. Naquela ocasião, os seus pais trabalhavam e moravam num pequeno sítio de propriedade de Pedro Barbosa, situado no alto da Serra do Martins, a 750 metros acima do nível do mar, em pleno semi-árido, na região do Alto Oeste do Rio Grande do Norte, cidade serrana "povoada e rica, prestigiosa e acolhedora, desenvolvida num clima de bem-estar e fartura” que ocultava os fugitivos, abrigava os perseguidos, curava os doentes como escreveu Camara Cascudo. Foi batizada naquela cidade e com o retorno da familia, passou a residir em Mossoró. Enquanto a mãe era viva, Maria chegou a estudar no colégio das freiras em Mossoró, com os estudos pagos pelos seus padrinhos de batismo, Rita e José Cosme, que moravam próximo à ponte do Rio Mossoró. Com a morte da mãe, deixou de estudar e foi levada para morar na companhia do tio paterno Antonio Faustino, agricultor abastado conhecido como Antonio Boieiro, casado com Luiza, que tinham três filhos – Maria, Martinha e Damião. Esse tio residia em Santana, distrito de Mossoró, de onde se originou toda a família. Levou em sua companhia, a irmã mais nova Francisca das Chagas, apelidada carinhosamente de Chaguinha, que já apresentava problemas da audição e, consequentemente, da fala. Naquela casa – apesar de serem todos familiares do mesmo sangue, não foi bem tratada. Era apenas uma auxilar da casa. Ali sofreu maltratos que variaram dos empurrões às pancadas com baldes de leite. O sentimento que imperava entre os proprietários da casa, não era exatamente, de amor pelas duas meninas órfãs, indefesas; elas não tinham – naquele local – quem as defendesse e protegesse da rejeição que sofriam por parte daqueles parentes. Residiu com aquela família, apenas alguns meses, com certeza menos de um ano, sofrendo a falta da mãe e o pouco caso dos tios. Tomando conhecimento do sofrimento que as duas irmãs estavam passando, o irmão Rubens foi buscá-las e levou-as para morar com a irmã Antonia, numa casa vizinha à Maria Salvina, uma grande amiga da mãe deles. Maria Salvina era casada com Vicente Correia e mãe de Aldenora, Carmélia, Maria de Lourdes, Bitola, Manu além de uma enteada por nome de Cristina, a quem as filhas de Altina – Toinha, Maria e Chaguinha - tomaram como madrinha e apelidaram-na, carinhosamente, de Mastina. E foi na casa da madrinha Cristina, localizada no Alto de São Manoel, próximo ao primeiro bueiro, que Maria foi morar, juntamente com Chaguinha e Toinha. Com a intervenção da irmã Antonia (Toinha), Maria voltou a estudar no Colégio das freiras, juntamente com Chaguinha, agora no Patronato das meninas pobres, onde ajudava na limpeza do estabelecimento para ter direito aos estudos. Nessa época tinha entre 12 e 13 anos de idade. Passava a semana no colégio, e nos finais de semana, levando consigo a irmã Chaguinha, ia para a casa da madrinha Cristina, para organizar a roupa, visitar os irmãos e rever as amigas. Quando se encontrava estudando no referido Patronato, Maria reencontrou num certo dia, a freira Irmã Açucena que fora sua professora quando a mãe Altina ainda era viva. Na ocasião a referida freira que se encontrava em visita ao colégio, perguntou-lhe se queria morar e estudar num colégio em que ela era a diretora. Por já ter convivido com a Irmã Açucena, o convite parecia ser uma dádiva do céu e, prontamente foi aceito, indo Maria e Francisca das Chagas (Chaguinha) para um orfanato que tinha sede na cidade de Martins, no alto da serra do mesmo nome. Naquele local distante, passaram sete meses em meio a muitas dificuldades, principalmente as relacionadas com alimentação, que era muito precária e cujo prato diário consistia de feijão e angu. Levado a Martins para realizar trabalho de sua profissão, Manoel Maia, conhecido pelo apelido de Manú (filho do comerciante Idalino Viriato) então noivo de Antonia–, resolveu visitar as cunhadas a pedido da irmã, para delas levar alguma notícia. Não as localizou no orfanato, mas num sítio das freiras encravado na descida da serra. Ali, numa conversa reservada e longe das freiras, tomou conhecimento da situação das meninas Maria e Chaguinha, e delas ouviu que queriam voltar para Mossoró. Não podendo decidir sobre a situação apresentada, retornou a Mossoró e conversou com a noiva Toinha, que em contato com Vicente Leite, Escrivão do Cartório de Mossoró, diligenciou e conseguiu que as irmãs retornassem a Mossoró, acompanhadas por um funcionário do orfanato. É importante ressaltar que Vicente Leite era casado com Delva, uma das irmãs da família que criou Altina, mãe de Maria Bezerra. No retorno a Mossoró, Maria e a irmã Chaguinha voltaram a morar na casa de Maria Salvina, junto com os irmãos Antonia e Rubens. Casou-se em Mossoró na Igreja do Coração de Jesus, aos 19 anos, no dia 31 de dezembro de 1950, com Aldemar Rodrigues da Silva, filho de João Rodrigues da Silva e Maria Camila da Silva, nascido em São Rafael – RN, no dia 17 de março de 1921 e falecido no dia 24 de junho de 1997, no Rio de Janeiro, estando sepultado no Cemitério de Nova Iguaçu-RJ Após o casamento, Maria e seu marido foram morar em Natal, inicialmente na Rua Silvio Pélico, na Guarita, proximidades da Base Naval e depois na Rua Amaro Barreto, onde Aldemar possuia uma pequena fábrica de sapatos que funcionava nos fundos da residência e uma loja de calçados – Sapataria Rodrigues, localizada no Mercado Público da Cidade Alta. Nesse período, passou a morar com Maria o seu irmão mais novo, de nome Vicente, filho do segundo casamento de sua mãe Altina com o agricultor Francisco Epifanio de Melo. As dificuldades da época, resultantes em parte do incêndio do mercado da Cidade Alta que destruiu todas as lojas e mercadorias existentes no local, foram decisivas para o casal que resolveu tentar a vida em Mossoró. Nesse retorno foram morar no Bairro dos Paredões, na Rua Marechal Deodoro e depois na Av. Alberto Maranhão, vizinho à residência de Germano Caenga, proprietário de armazém de sal. A mudança não atendeu à expectativa do casal que mais uma vez resolveu mudar, agora para Fortaleza, deixando Mossoró antes de completar um ano de residência. De Fortaleza, Maria seguiu com o marido e os filhos para o Rio de Janeiro, fixando residência, inicialmente, na cidade de Duque de Caxias, depois no bairro do Méier, no Rio de Janeiro. Em 1972 passou a residir no bairro de Bangu, do Rio de Janeiro, onde comprou um pequeno apartamento. Após desentendimentos, Maria separou-se do marido Aldemar, de quem veio a se divorciar anos depois, assumindo a criação e manutenção dos filhos. Trabalhou nas firmas Basílio & Cia (empreendimento imobiliário em Copacabana), Soares Lavrador (empresa que fornecia alimentação aos estabelecimentos hospitalares), Hospital Gama Filho (Piedade- RJ), GR do Brasil (empresa de alimentação industrial) e Rioforte (empresa de serviços de segurança e vigilancia). De todas as empresas em que trabalhou, Maria permaneceu mais tempo na Soares Lavrador, perfazendo um total de 12 anos. Paralelamente ao emprego, Maria ainda costurava em casa, para complementar o salário e assim, manter a familia. Após implementar o tempo de serviço necessário, Maria se aposentou na década de 80 pelo INSS, passando a dedicar-se aos pequenos serviços de costura que já fazia como “bico”. Depois de alguns anos, vendo-se sem saúde suficiente, deixou os serviços de costura e passou a viver exclusivamente da aposentadoria, passando a contar com a ajuda das filhas Lucielma e Lucinete. Já aposentada, trouxe para morar em sua companhia, o neto Rafael, filho de Lucimar, que passou a viver, inteiramente, sob a sua guarda e responsabilidade desde a mais tenra idade, arcando ela com todas as despesas de educação, alimentação e vestuário, vez que a mãe não lhe deixou pensão previdenciária. O referido neto lhe serviu de companhia até os ultimos dias de vida. Logo após o casamento com Aldemar, aceitou o Evangelho Cristão congregando na Assembléia de Deus, inicialmente em Natal, depois em Mossoró e Fortaleza . No Rio de Janeiro passou a congregar na Igreja Adventista da Promessa, de onde se afastou logo após a separação do marido, que veio a falecer na década de 90. Já residindo em Bangú e aposentada, voltou a frequentar a Igreja Adventista, nela permanecendo até a sua morte. Faleceu em 02/03/2007 aos 76 anos, em decorrencia de problemas cardíacos, sendo sepultada no Cemitério do Murundu, em Realengo no Rio de Janeiro Do seu casamento com Aldemar Rodrigues da Silva teve os seguintes filhos: 1. JOÃO RODRIGUES DA SILVA NETO nascido em 10 de agosto de 1951 em Mossoró. Em razão da saúde debilitada, faleceu em outubro do mesmo ano, com tres meses de vida. 2. LUCIMAR BEZERRA DA SILVA nascida em Mossoró, no dia 15 de agosto de 1951 e falecida no Rio de Janeiro no dia 11 de agosto de 2000. Trabalhou durante alguns anos no grupo empresarial Coroa-Brastel no Rio de Janeiro, do financista Assis Paim Cunha, pivô do maior escândalo financeiro ocorrido no país, na década de 80 e que levou à ruína não só a empresa, como também 35 mil investidores e 12 mil empregados, entre os quais ela se encontrava. Trabalhou também na empresa Soares Lavrador e na Nestlé (em São Paulo); nos últimos anos, realizava serviços avulsos para o escrivão da Delegacia de Polícia da Barra da Tijuca. Era solteira e residia na Rua Cirne Maia, no Méier, tendo deixado um único filho, Raphael Bezerra da Silva, nascido no Rio de Janeiro no dia 28 de julho de 1988, que desde muito pequeno foi criado pela avó. 3. JASSONETE BEZERRA DA SILVA nascida em Natal e que faleceu aos dois meses e vinte e cinco dias de vida. 2. LUCIELMA BEZERRA DA SILVA nascida em Natal no dia 27 de julho de 1954. Com curso Técnico de Contabilidade, trabalhou durante 17 anos no Departamento de Importação da Rede Globo de Televisão, de onde saiu em 1995. Solteira e residente no bairro de Bangu, no Rio de Janeiro, tem uma filha – Danielle Bezerra Soares, nascida no Rio de Janeiro no dia 2 de dezembro de 1994, da união estável com Nelson Soares Ferreira. 3. JESSÉ RODRIGUES DA SILVA nascido em Natal no dia 23 de junho de 1956, aposentado pelo INSS em decorrência de acidente sofrido no transito do Rio de Janeiro, solteiro, residente em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, na casa deixada como herança pelo pai. Vive uma união estável com Marly, não tendo filhos. 4. LUCINETE BEZERRA DA SILVA nascida em Mossoró no dia 16 de outubro de 1957, profissional da área , solteira, morando no imóvel deixado pela mãe, juntamente com o sobrinho Rafael.