segunda-feira, 3 de setembro de 2012
RUBENS BEZERRA FAUSTINO
Nasceu em Mossoró, no dia 16 de janeiro de 1925, embora conste em outros documentos, que nasceu no dia 26 de dezembro de 1925. Filho de Francisco Tibúrcio de Medeiros (1898 – 1933), identificado em vários documentos como Francisco Faustino Tiburcio e Altina Regina Bezerra de Medeiros (1902- 1941), era neto pelo lado paterno de Francisco Faustino de Medeiros e Francisca Maria da Conceição e pelo materno de Antonio José de Castro e Regina Maria Bezerra. Eram sues bisavós pelo lado paterno: José Faustino de Medeiros e Francisca Maria da Conceição.
Filho de pais pobres, muito cedo começou a trabalhar para ajudar a mãe, pois seu pai faleceu no dia 8 de julho de 1933, quando Rubens tinha apenas oito anos de idade.
Eram oito irmãos, sendo três mulheres e cinco homens: Manoel (Teté), Dionísio (Didizo), Luiz, Rubens, Antonia (Toinha), Maria e Francisca das Chagas (Chaguinha)
Com o segundo casamento da sua mãe, aumentou a família com o nascimento de Vicente, porém a situação não melhorou muito, pois o seu novo companheiro e marido Francisco Epifanio não se entendia bem com os enteados.
Aos 16 anos sofreu nova perda, a mais sofrida talvez: a sua mãe faleceu na manhã do dia 28 de outubro de 1941, um dia após dar à luz uma menina, havendo indícios de que faleceu em decorrência do parto. O fato ocorreu no Sítio Bom Jesus onde morava a família.
Com o falecimento da mãe, os filhos foram espalhados entre os tios, pois a maior parte era ainda criança. Enquanto as irmãs Maria e Francisca (Chaguinha) ficaram com o tio Antonio Faustino (Antonio Boieiro) no Sítio Santana, Antonia (Toinha) passou a morar com Maria Salvina, no Alto São Manoel, em Mossoró, para continuar estudando. Rubens já taludo, ficou morando numa casa de Manoel de Adelino, lá mesmo no Sítio Bom Jesus.
Algum tempo depois veio a saber que as duas irmãs que moravam no Sítio Santana com os tios, não estavam sendo bem cuidadas, havendo uma grande rejeição por parte da mulher do tio, chamada Luiza. Decidido, viajou àquela localidade e retirou as irmãs Maria e Chaguinha do local, trazendo-as para a companhia de Toinha, que morava em companhia de sua madrinha Cristina, enteada de Maria Salvina que por sua vez, era grande amiga de sua mãe.
Rubens permaneceu morando na casa de Manoel de Adelino até 1947, mas trabalhava e ajudava no sustento das três irmãs. Nos finais de semana, após receber o que lhe era devido pelo trabalho, se dirigia à casa onde moravam as irmãs para entregar parte do dinheiro, destinado ao pagamento das despesas com gêneros alimentícios que eram feitas na "bodega" de Pedro Fernandes.
Alto, louro, cabelo bem penteado, a roupa branca muito bem passada, valeram-lhe o apelido de "Dr. Raul", dado pelos irmãos, numa alusão ao Dr. Raul Alencar, um médico que clinicava em Martins e cuja elegância impecável era objeto da admiração das pessoas.
As lembranças do seu irmão Vicente remetem à mocidade de Rubens, quando ele tentava namorar com uma jovem muito bonita, de nome Auta, filha de Epifanio. Numa das investidas, marcou encontro com a moça e ao se dirigir ao local, todo arrumado e perfumado, distraído em seus pensamentos, provavelmente arquitetando as palavras que diria na conversa, pisou numa poça de água a caminho do Bom Jesus e molhou-se todo, fazendo-o desistir da viagem.
Ao completar 18 anos, se alistou para a prestação do serviço militar obrigatório. Corria o ano de 1948. Serviu o Exército no antigo 16º Regimento de Infantaria, na Av. Hermes da Fonseca, em Natal.
Completado o tempo de serviço militar obrigatório, se determinou a conseguir um trabalho em Natal, porém recebeu um telegrama solicitando viajar a Mossoró, para assumir uma vaga na fábrica de óleos de "Quincas Duarte", conseguida através de Manoel Maia (Manú), noivo de sua irmã Toinha, que já trabalhava naquela empresa.
Rubens trabalhou na Industria e Comércio de Óleos como foguista. Posteriormente, aprendeu o ofício de pedreiro, e passou a trabalhar na Transbrasilia Industrial e Mercantil S/A. Mais tarde, trabalhou para Raimundo Nonato Luz e Jaime Hipólito Dantas. Também prestou serviços como zelador para o médico oftalmologista João Carrilho de Oliveira, fazendo-o em diversos períodos. Em 1975 foi contratado para trabalhar na fábrica de sabão L. Fernandes & Cia Ltda, dali saindo para a Tipografia Expressa Ltda. Também executou serviços de pedreiro para José Ferreira dos Santos e Francisco Adalberto Pessoa de Carvalho, vindo a aposentar-se pelo INSS no ano de 1985.
Casou-se em 1952 na Igreja do Coração de Jesus, com Luzia Maria Bezerra, nascida em 12 de setembro de 1930, filha de Cícero Cambraia da Silva (1903 - ?) e Júlia Maria da Conceição (1918 - ?). O casamento foi oficializado, civilmente, no dia 4 de agosto de 1965.
Durante a maior parte de sua vida adulta, residiu no Alto de São Manoel, nas proximidades do mesmo santo, onde nasceram os filhos. Faleceu aos 76 anos em Mossoró, no dia 8 de novembro de 2001, sendo sepultado no Cemitério São João Batista da mesma cidade.
Do matrimonio com Luzia nasceram 11 (onze) filhos, dos quais sobreviveram apenas quatro:
F1. Maria de Fátima Bezerra Fonseca nascida em Mossoró, no dia 22/08/1955 e falecida em 11/11/2007, casada com Josué Firmino da Fonseca, nascido em Carnaubais, residentes em Extremoz, com quem teve os filhos: Delmário Bezerra da Fonseca, Franklin Raniele da Fonseca e Tiago Bezerra da Fonseca.
F2 – Almir Bezerra nascido em Mossoró, no dia 10/07/1956,solteiro e sem filhos.
F3 – Maria do Socorro Bezerra Venâncio nascida em Mossoró, no dia 31 de janeiro de 1958, casada, solteira, com uma filha:Larissa Júlia Bezerra.
F4 – Vera Lúcia Bezerra nascida em Mossoró, no dia 23/06/1960, casada com Jose Antonio de lima Paulino, sem filhos.
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